quinta-feira, 18 de junho de 2015

Itália (2010) - Dia 4 * Nápoles

E ao 4º dia saímos de Roma. Ao planear esta viagem e como faço cada vez que vou viajar, pesquiso sempre locais que possa visitar perto ou razoavelmente perto do destino principal da viagem. Sugeri Nápoles à Joana e ela aceitou a sugestão.
Nápoles situa-se na região da Campânia. Com cerca de 1 000 000 de habitantes, é a 3ª maior cidade da Itália. O seu centro histórico é classificado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade! Um dado importante, é a terra natal da pizza!!

Fomos até Nápoles de comboio. Partimos cedo da estação Roma Termini até Napoli Central. Comprámos os bilhetes na estação e custaram 21€, só ida. Os bilhetes também pode ser comprados online no site da Trenitalia. Dependendo do comboio, os preços podem variar entre 11.80€ e quase 40€, e o tempo de viagem entre 1 hora e 2 horas e meia. Mais uma vez, não esquecer de validar os bilhetes antes de entrar no comboio. 

Primeira impressão da cidade, para além de muito calor, estavam uns 40 graus, muita poluição e trânsito caótico. Foi uma verdadeira aventura atravessar uma estrada naquela cidade, mesmo usando as passadeiras. 

Esqueci-me logo disso quando dei de caras com o Vesúvio. Não sei bem porquê mas gosto muito de vulcões e nunca tinha visto nenhum. Infelizmente a poluição não permitia uma visão mais clara deste vulcão que é o único na Europa continental a ter entrado em erupção nos últimos 100 anos. 
A sua erupção mais famosa ocorreu em 79 d. C. e que resultou na destruição das cidades romanas de Pompeia e Herculano. 

Caminhando ao longo do Golfo de Nápoles, chegámos ao Castelo do Ovo. 

O Castelo do Ovo é a fortificação mais antiga na cidade. Localiza-se no ilhéu de Megáride e até ao início do século XVI foi o palácio real dos soberanos de Nápoles. 
O seu nome deriva de uma lenda antiga segundo a qual o poeta Virgílio, que na Idade Média também era considero um mago, escondeu nas fundações do edifício um ovo mágico que mantinha de pé toda a fortaleza. A sua quebra provocaria não só o colapso do castelo mas também uma série de várias catástrofes em Nápoles. Pelos vistos o ovo continua inteiro. 

A Piazza del Plebiscito é uma enorme praça com 25 mil metros quadrados onde se encontram algumas das mais importantes construções da cidade, a Basilia di San Francesco di Paola, o Palazzo Reale, o Palazzo Salerno e o Palazzo della Prefettura. 
Entre as colunas que ladeiam a praça encontra-se a Basilica di San Francesco di Paola, Basílica de São Francisco de Paula. No inicio do século XIX o Rei de Nápoles, Joaquim Murat, cunhado de Napoleão, planeou a praça e um edifício com colunas como tributo ao imperador. No entanto, Napoleão foi levado para a ilha de Stª Helena e os Bourbons recuperaram o trono da cidade. Foi Fernando I que continuou a construção da praça e transformou o edifício original na igreja que ali se encontra hoje. Dedicou-a a São Francisco de Paula que esteve num mosteiro que existiu neste local no século XVI.

De frente para a basílica, no lado direito da praça encontra-se o Palazzo della Prefettura. 

O Palácio da Prefeitura também é obra de Fernando I. No século XIV foi um convento de monges basílios. O actual edifício Neoclássico e o seu gémeo, o Pallazo Salerno, no outro lado da praça, foram projectados no século XIX. 
Na colina por detrás do palácio estão o mosteiro certosa di San Martino e o Castel Sant'Elmo.

Mesmo em frente à basílica está o Palazzo Real.

O Palazzo Real, Palácio Real é um dos quatro palácios que serviram de residência aos reis de Nápoles e Sicília durante o seu reinado no Reino das Duas Sicílias (1730-1860). 
O edifício foi construído em 1600 por Domenico Fontana, sob encomenda do vice-rei espanhol de então, o Conde de Lemos. Este deveria hospedar o rei Filipe III de Espanha, esperado em Nápoles com a sua consorte para uma visita oficial que nunca aconteceu. O palácio tornou-se sucessivamente residência do vice-rei espanhol, do vice-rei austríaco e, finalmente, dos reis da Casa de Bourbon.
Os bombardeamentos que sofreu durante a Segunda Guerra Mundial e a ocupação militar que se seguiu, causaram várias danos ao palácio. Actualmente o palácio alberga o Teatro San Carla, o Teatrino di Corte, a Biblioteca Nazionale Vittorio Emanuele III, um museu, alguns escritórios, incluindo o do turismo regional. 

Milão tem a Galleria Vittorio Emanuele II e Nápoles tem a Galleria Umberto I. Tanta uma como outra são centros comerciais cobertos e muito, muito bonitos. 

Com o nome do rei que governou a Itália entre 1978 a 1900, a Galleria Umberto I foi projectada para ser uma obra monumental. Foi construída entre 1887 e 1890 e foi um marco durante a reconstrução da cidade, período conhecido como "Risanamento" e que durou até à Primeira Guerra Mundial. 

A sua construção visou estimular o comércio e ser um símbolo do renascimento da cidade. A sua concepção pretendeu combinar o espaço público com o privado. Os dois primeiros pisos são dedicados ao comércio, cafés e vida social, enquanto que no terceiro piso existem habitações e um hotel. O seu interior impressiona pela sua cúpula, uma estrutura abobadada em ferro e vidro e pelos mosaicos dos signos do Zodíaco na área central.

A visita a Nápoles estava quase a terminar mas ainda faltava visitar uma das atracções turísticas mais conhecidas da cidade, o Castel Nuovo. 

O Castel Nuovo, também conhecido como Maschio Angioino é outro dos castelos de Nápoles. Foi construído no século XIII. 

E assim terminou a visita a Nápoles. A visita a Itália terminaria nessa noite em Roma com o único jantar possível ao terminar uma viagem neste país, pizza, obviamente. 
Tenho várias cidades italianas na minha lista de futuras viagens, isso quer dizer que vou certamente voltar. Esta viagem foi em 2010, talvez até já seja altura de pensar noutra viagem a este belo país. 

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