terça-feira, 28 de abril de 2015

Holanda (2015) - Dia 3 * Delft

De Haia a Delft são mais ou menos uns 15 minutos de comboio e o bilhete é 2.40€ 
Em Amesterdão paguei 2.50€ por um mapa, em Haia foram 3€ e eu Delft não precisei de comprar porque já tinha um que a Tessa me tinha dado, no entanto, esqueci-me dele na 1ª loja onde entrei!! De qualquer maneira o centro da cidade não é grande e não dá para uma pessoa se perder. 
A cidade é conhecida principalmente pela sua porcelana, por ser a terra natal do pintor Johannes Vermeer e pela sua ligação à Família Real. 

Não foi difícil encontrar a Praça do Mercado e quando lá cheguei tive uma das desilusões da viagem. A Nieuwe Kerk, Igreja Nova, estava neste estado. Eu sei que os monumentos precisam de uma limpeza, um restauro de vez enquanto mas não precisava de ser quando vou visitá-los. Paciência... 

A Nieuwe Kerk é uma igreja protestante, construída em estilo gótico entre 1396-1496. Em 1584, Guilherme I, príncipe de Orange foi sepultado aqui, desde então, os membros da Casa de Orange-Nassau têm sido sepultados na cripta real. Os mais recentes foram a Rainha Juliana e seu marido, o príncipe Bernhard, em 2004. A cripta privada da família real não é aberta ao público. A torre da igreja é o segunda maior na Holanda. 

Mesmo em frente à Nieuwe Kerk está o Stadhuis, a Câmara Municipal, antiga sede do governo da cidade, e ainda hoje o local onde os residentes realizam os casamentos civis. A fachada data do século XVII mas a torre é bem mais antiga, foi construída por volta de 1300. 

Outro dos monumentos bem conhecidos da cidade é o Oostpoort, Portão ou Porta Leste. Foi construído por volta de 1400 e é um exemplo da arquitectura gótica com tijolo do norte da Europa.  Esta é a única porta da cidade; as outras foram demolidos no século 19. Actualmente, serve como uma galeria de arte e residência privada.

Na altura na reparei mas a torre da Oude Kerk, Igreja Velha, está inclinada. É nesta igreja que está sepultado Vermeer. 

Apesar da desilusão com a Nieuwe Kerk, gostei de Delft, é uma cidade como eu gosto, pequena mas com vários motivos de interesse. Vale a pena conhecer. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Holanda (2015) - Dia 3 * Haia

Inicialmente Haia não estava na lista dos locais que eu queria visitar na Holanda mas depois de ver bem o mapa e ver os tempos de viagem de comboio, decidi ir lá e valeu a pena. A viagem de comboio dura 25 a 30 minutos e o bilhete custa 4.70€. 

Haia é a 3ª maior cidade da Holanda, em termos de população e é a sede de facto do governo do país, embora oficialmente, e de acordo com a constituição, Amesterdão seja a capital. É aqui que o rei trabalha e se situam todas as embaixadas e ministérios. 

Depois de deixar a estação segui até ao centro da cidade e procurei o posto de turismo, que por sinal não está lá muito bem identificado. Precisava de um mapa e tive de pagar 3€ por ele :o foi um dinheiro muito mal gasto porque depois tirei do balcão um folheto da cidade que por sinal tinha um mapa bem melhor que o que comprei!!! Adiante.
Já com o mapa na mão foi procurar o Binnenhof, um complexo de edifícios no centro da cidade, junto ao lago Hofvijver. 

É aqui que se encontram as casas dos Estados Gerais da Holanda, bem como o Ministério dos Negócios Gerais e o gabinete do primeiro-ministro da Holanda. Construído principalmente no século 13, o castelo gótico originalmente funcionava como residência dos condes de Holanda e tornou-se o centro político da República Holandesa em 1584. O Binnenhof é a casa mais antiga do Parlamento no mundo ainda em uso.


Situado a uns 20 minutos do centro da cidade, encontra-se este palácio, o Het Vredespaleis, Palácio da Paz.  O palácio teve origem nos ideais de pacifismo e paz mundial e foi construído graças à cooperação colectiva de países de todo o mundo. 
O Palácio da Paz é conhecido como a "sede do direito internacional" por sediar o Tribunal Internacional de Justiça (que é o principal órgão judicial das Nações Unidas), o Tribunal Permanente de Arbitragem, e a Biblioteca do Palácio da Paz, reconhecida pela vasta bibliografia sobre direito internacional. 

De volta ao centro da cidade, entrei no Binnenhof e é no seu átrio que se encontra o Ridderzaal, Salão dos Cavaleiros, o edifício principal do Binnenhof. É utilizado desde 1904 para a cerimónia de abertura das sessões parlamentares, que todos os anos se realiza na 3ª quarta-feira de Setembro, quando o monarca chega ao Parlamento numa carruagem dourada, para aí ler o discurso do trono. 

Outras imagens de Haia: a igreja Nieuwe Kerk, um dos canais da cidade, a igreja Grote Sint-Jacobskerk e a antiga Câmara Municipal. 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Holanda (2015) - Dia 2 * Roterdão

Depois de uma manhã a passear em Kinderdijk, a tarde foi passada em Roterdão. Aproveitando a companhia da minha amiga Tessa, pude ver alguns dos locais mais conhecidos da cidade. 
Roterdão é conhecida pela sua arquitectura moderna. Durante a Segunda Guerra Mundial o centro da cidade foi bombardeado pelos alemães e muitos dos edifícios antigos foram destruídos. Esta não é uma cidade reconstruída, mas sim uma cidade que voltou a ser construída. 

Um dos símbolos da cidade é a "Erasmusbrug" - Ponte Erasmus, também localmente conhecida como Cisne devido à sua forma. É uma das pontes mais famosas da Holanda. Foi inaugurada em 1996 pela Rainha Beatriz.
O edifício mais perto da ponte é o Maastoren, que é não só o edifício mais alto de Roterdão mas também o mais alto da Holanda e de todo o Benelux. 

Também muito conhecidas são as Casas Cubo ou Cúbicas. No total são 40 casas, sendo 2 maiores que as restantes. A maioria das casas está habitada mas uma delas pode ser visitada. 
As casas foram projectadas pelo arquitecto Piet Blom. A sua ideia era criar uma espécie de aldeia dentro da cidade, em que cada casa representa uma árvore e todas as casas formam um bosque.  
O edifício ao lado é conhecido como o Lápis. 

A Laurenskerk, Igreja de São Lourenço, foi construída entre 1449-1525 e é o único edifício gótico que sobreviveu da Idade Média. Foi severamente danificada durante a Segunda Guerra mas apesar de ter sido ponderada a sua demolição, acabou por ser reconstruída e se tornar um símbolo da capacidade de resistência da comunidade de Roterdão. 

Roterdão não é o meu tipo de cidade mas passei uma tarde excelente aqui. 

terça-feira, 21 de abril de 2015

Holanda (2015) - Dia 2 * Kinderdijk

Numa viagem à Holanda, o normal seria ficar em Amesterdão a pernoitar mas eu decidi ficar em Roterdão, isto porque em Amesterdão não encontrei alojamento de acordo com o meu orçamento. O mais barato era ficar num hostel mas decididamente não me apeteceu ficar num dormitório misto com mais 5 ou 6 pessoas. Acabei por fiquei neste hotel em Roterdão. O facto de Roterdão ficar mais perto dos locais que eu queria visitar também pesou na minha decisão de ficar 4 noites nesta cidade. 

No meu 1º dia em Roterdão encontrei-me com a Tessa, a minha correspondente holandesa. Sim, correspondente, alguém a quem escrevo cartas, ainda há quem faça isso. Foi o nosso 1º encontro e foi fantástico. Passámos a manhã em Kinderdijk. Quando se pensa na Holanda, pensa-se logo em duas coisas, tulipas e moinhos e em Kinderdijk há moinhos com fartura. Fui até lá de carro. A entrada é grátis, só se paga o estacionamento e a entrada no moinho museu. 

Quando viajo gosto sempre de visitar locais UNESCO. Kinderdijk está na lista do Património Mundial desde 1997. Este local era mesmo visita obrigatória.
Desde o século XIV que os moinhos têm sido utilizados na Holanda para bombear água das terras abaixo do nível do mar, conquistando terreno ao mar e assim permitindo aumentar o território do país com a construção de diques. Também são utilizados para moer cereais, cacau, preparo da cerâmica e outras actividades do dia a dia. Actualmente existem cerca de 1200 moinhos no país, em Kinderdijk existem 19. 

Qualquer altura do ano é boa para visitar o local, embora no verão esteja apinhado de turistas. Eu fui numa boa altura, quando lá cheguei de manhã, havia pouquíssimas pessoas e pudemos passear à vontade. 
Também deve ser muito bonito durante o inverno, especialmente quando os canais congelam e é possível patinar, não que eu me queira aventurar na patinagem, enquanto uns patinam eu fico a tirar fotos. 

Acho que este é um local onde gostava de voltar quando voltar à Holanda, sim porque hei-de lá voltar. Gostei mesmo muito de visitar este local. 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Holanda (2015) - Dia 1 * Amesterdão

Este blog já foi começado há muito tempo mas não sei porquê deixei-o cair no esquecimento. Agora, passado tanto tempo, com mais umas quantas viagens no currículo e a pedido de várias pessoa, decidi retomá-lo e finalmente dar-lhe um rumo e utilidade. 
Recomeço então com a minha última viagem. Foi à Holanda e foi no mês de Março passado, entre os dias 11 e 16. Um pormenor importante, foi a minha 1ª viagem sozinha e algo me diz que não vai ser a última. 

Parti na manhã de dia 11 rumo a Amesterdão num voo da TAP. Não houve atrasos, a mochila não se perdeu, correu tudo bem. 
Depois de recolhida a bagagem há que apanhar transporte para o centro da cidade, a melhor escolha é o comboio. Andei várias vezes de comboio e para não correr o risco de apanhar o errado, descarreguei a aplicação 9292.nl que para além da hora dos diferentes comboios para o nosso destino, indica também a plataforma onde devemos apanhar determinado comboio. Já agora, quanto a comboios, convém não apanhar o Intercity Direct porque tem que se pagar um suplemento. Quanto aos bilhetes de comboio podem comprar-se no balcão ou nas máquinas mas as máquinas só aceitam moedas ou cartões, isto é, se os aceitarem, o meu não funcionou. Do aeroporto para o centro da cidade paguei 4.10€. 

Depois de apanhar o comboio certo, cheguei à estação Amsterdam Centraal e fui logo procurar os cacifos para deixar a mochila. Os cacifos só aceitam cartões (aqui o meu funcionou) e os mais pequenos têm um custo de 5.10€ por cada 24 horas. 

(Estação Amsterdam Centraal)
A mochila ficou entregue e comecei a explorar a cidade. Segui pela avenida Damrak que fica mesmo em frente à estação e termina na Praça Dam. Pelo caminho passei por várias lojas de souvenirs, pelo Museu do Sexo, Museu da Tortura e pela Bolsa de Amesterdão. Cheguei então à Praça Dam, onde entre outras coisas se encontra o Palácio Real

(Palácio Real na Praça Dam) 
Não fiquem à espera de ver a Família Real aparecer, eles não vivem aqui, apenas estão presentes durante as recepções oficiais. 
Depois de passar algum tempo na praça, dirigi-me à Casa de Anne Frank

(Estátua de Anne Frank)
Para visitar a Casa de Anne Frank e evitar as longas filas, o melhor é comprar o bilhete pela internet. É só escolher o dia e a hora da visita. O bilhete custa 9.50€. Não se podem tirar fotos dentro da casa. 

(Casa de Anne Frank)
A Casa é o edifício do meio. Esta casa era o que eu mais queria ver em Amesterdão. Como tantos milhões de pessoas no mundo, também eu li "O Diário de Anne Frank" e li outros livros sobre a curta vida de Anne Frank. Tinha mesmo que lá ir. 

(Westerkerk)
Pertinho da Casa de Anne Frank está a Westerkerk, a igreja onde se encontram os restos mortais do pintor Rembrandt. 

Daqui, segui ao longo do canal Prinsengracht e fui explorando ruas e atravessando pontes na esperança de não me perder. 

(Beginhof)
Não me perdi e cheguei a um dos lugares que mais gostei na cidade, o Begijnhof. Não é fácil encontrar a entrada e facilmente passa despercebida mas consegui encontrar a portinha e gostei muito deste espaço. 

Quando disse aos amigos e família que ia à Holanda, todos me pediram para trazer tulipas, e claro, ia parecer mal se não as trouxesse. Lá fui eu até ao mercado das flores comprar batatas de tulipas para trazer. Um mês depois da viagem, há umas que estão a crescer, enquanto que outras estão a desaparecer. 

O dia já estava a escurecer e eu ainda queria ir a mais um lugar, o famoso e infame Red Light District.  

(Red Light District)
Não é preciso dizer muito sobre este local, pois não?
O que achei curioso é que logo depois de passar por uma rua onde as meninas mostram os seus atributos, esbarre com uma igreja na rua a seguir.

(Oudekerk)
A Oudekerk é o edifício mais antigo de Amesterdão. Foi consagrada em 1306.

Depois de uma tarde a passear por Amesterdão, era hora de voltar a apanhar um comboio e rumar a Roterdão. O bilhete de comboio foi 14.80€.