terça-feira, 28 de julho de 2015

Mónaco

Para além de Liubliana, no regresso da viagem a Zagreb, ainda tivemos mais uma paragem e esta bem longa. Foi quase um dia a passear no Principado do Mónaco.
Este pequeno país à beira do Mediterrâneo é governado pelos Grimaldi há mais de 700 anos. Tem apenas uma áera de 2.02 km², é por isso muito fácil visitar algumas das principais atracções de Monte Carlo em apenas algumas horas.

Como disse antes, o Mónaco é governado pelos Grimaldi há mais de 700 anos e é este palácio que tem sido a sua residência oficial desde o final do século XIII. 
O Palácio do Mónaco não é apenas uma atracção turística, é a sede do governo monegasco, não é pois de estranhar a presença de guardas à sua entrada. Falando em guardas, a mudança da guarda real acontece todos os dias às 11.55. 

Não muito longe do palácio, encontra-se a Catedral de São Nicolau, também conhecida como Catedral de Mónaco. Começou a ser construída em 1875 e foi consagrada nesse mesmo ano. É aqui que muitos dos membros da família Grimaldi foram enterrados, incluíndo Grace Kelly e Rainier III.

Ao passear pelo Mónaco é impossível não ficar abismado com a quantidade de barcos e iates de luxo ancorados no porto ou melhor, portos; este que se vê na foto, é o Porto de Fontvieille

Um dos edifícios mais impressionantes é o Museu Oceanográfico. Situa-se na Avenue Saint-Martin, num promontório sobranceiro ao mar. Foi fundado em 1910 por Alberto I para albergar as colecções resultantes das suas campanhas oceanográficas e para apoiar a futura investigação dos mares.
O museu abriga exposições e colecções de várias espécies de fauna marinha, como por exemplo estrelas-do -mar, cavalos marinhos, tartarugas, caranguejos, lagostas, raias, tubarões, ouriços-do-mar e outros. Para além disso o museu também possui uma grande variedade de objectos relacionados com o mar, incluindo modelos de navios, esqueletos de animais marinhos, ferramentas, armas, etc.
Também é possível visitar um aquário com  4000 espécies de peixes e mais de 200 famílias de invertebrados. 
Jacques Cousteau foi director do museu durante muitos anos, entre 1957 e 1988.  

Quem passa pelo Mónaco pode tentar a sua sorte num dos casinos mais famosos da Europa. Eu entrei mas não joguei, só fui mesmo espreitar.
A construção do actual edifício do Casino do Mónaco iniciou-se em 1858. Para além do casino, o edifício também alberga o Grande Teatro de Monte Carlo e a sede da Companhia de Bailado do Mónaco. 

Quem gosta de Fórmula 1 reconhece facilmente esta curva, considerada a mais famosa e a mais lenta da F1. Chamam-lhe a Curva do Mónaco mas também é conhecida como Curva Loews, antigo nome do hotel que se situa mesmo junto à curva. 

Um pouco depois da curva e em frente do Jardim Japonês, encontra-se o passeio da fama dos futebolistas, que aqui se chama "Passeio dos Campeões". Foi lá que encontrámos as pegadas no nosso Eusébio. 

Umas horas foram mesmo suficientes para visitar o Mónaco. Existem alguns edifícios bem bonitos e interessantes, os portos fazem sonhar com viagens em fantásticos barcos de luxo, no entanto este não é o meu tipo de lugar e sinceramente, não faço questão de lá voltar. Não quer dizer que não tenha gostado, apenas não me conquistou e esta visita foi suficiente. 

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Liubliana - Eslovénia

A viagem para a Croácia foi bem longa, e com bem longa quero dizer, uns 2500 kms de autocarro. Nunca passei tanto tempo na estrada. Não foi uma viagem confortável mas foi bem animada. Na ida para Zagreb fizemos algumas paragens, dormimos uma noite em Cros de Cagnes, no sul de França e estivemos algumas horas em Veneza. No regresso a 1ª paragem foi pouco depois de atravessarmos a fronteira, passámos umas horas na capital da Eslovénia, Liubliana. 
Na altura em não fazia ideia de quão bonita era a cidade e na verdade não sabia muito sobre o país, a única coisa que sabia era que o Zahovic, antigo jogador do Porto e do Benfica, era da Eslovénia. Quase 10 anos depois, sei muito mais sobre a cidade e sobre o país e está no topo da minha lista de locais a visitar.

Como se pode ver pelas fotos, a paragem em Liubliana foi durante a noite e já quase de madrugada. Por ser dia 1 de Janeiro, a cidade estava decorada com as luzes de Natal e além disso havia nas ruas espectáculos laser para comemorar a adesão da Eslovénia ao euro. Se algum dia for ao Quem Quer Ser Milionário e me perguntarem quando é a Eslovénia aderiu ao euro, vou saber responder sem dúvida nenhuma, foi dia 1 de Janeiro de 2007. 

Um dos edifícios que saltou logo à vista foi o castelo localizado numa colina sobranceira ao centro da cidade. Foi mencionado pela 1ª vez em 1144 como residência dos Duques de Carinthia, tendo sido também residência dos monarcas de Habsburgo, serviu como prisão, reduto militar e até 1960 alguns habitantes da cidade viveram lá. Actualmente é uma atracção turística mais conhecidas da cidade. 
Quem quiser ir visitá-lo e não quiser caminhar muito, pode apanhar o funicular para chegar ao topo da colina. 

France Prešeren foi um poeta esloveno e esta praça no coração de Liubliana tem o seu nome (Prešernov trg). É aqui que se encontra a Igreja Franciscana da Anunciação. Foi construída entre 1646-1660 embora a fachada barroca apenas tenha sido construída em 1703-1706. 

Para chegar até ao edifício da Câmara Municipal temos de atravessar o rio e chegar e andar um pouco até à Praça da Cidade (Mestni trg). 
O edifício foi originalmente construído em estilo Gótico em 1484 mas entre 1717-1719 sofreu uma renovação que lhe deu a actual aparência barroca. 

Voltando a atravessar o rio, encontramos o edifício principal da Universidade de Liubliana na Praça do Congresso (Kongresni trg). O edifício data do início do século XX. 

E foi assim a minha passagem por Liubliana. Infelizmente a maior parte das fotos não ficou em condições! Esta é certamente uma cidade para voltar a visitar, há tempos até andei a ver de alojamento lá. Alguém quer ir comigo?!! 

domingo, 19 de julho de 2015

Zabreg - Croácia

Nos últimos dias de 2006 voltei a viajar e mais uma vez não foi uma viagem turística. Fui até Zagreb participar no Encontro Europeu de Taizé. Entre orações e grupos de trabalho ainda houve algum tempo para dar umas voltas pela cidade. Apesar de ter deixado muitas coisas por ver, esta viagem deixou-me um carinho enorme pela Croácia e muita vontade de lá voltar. Aliás, para além de querer voltar à Croácia, quero muito ir descobrir os Balcãs. 
Enquanto não volto lá, ficam aqui algumas fotos de Zagreb. 

Esta é a estátua de Tomislav I que se situa na Praça do Rei Tomislav. Tomislav foi um monarca do Reino da Croácia no século X. Primeiro, enquanto Duque da Croácia Dálmata, reinou entre 910 e 925, depois entre 925 e 928 reinou como primeiro rei da Croácia. 

Para além da estátua, na Praça do Rei Tomislav encontra-se o Pavilhão das Artes, o edifício amarelo cuja fachada está coberta. 
A ideia de criar esta galeria de arte surgiu a propósito da Exposição Millennium que se iria realizar em Budapeste em 1896. Os artistas convidados a participar decidiram apresentar as suas obras num pavilhão construído para o efeito, construído a partir de um esqueleto de ferro pré-fabricado, de modo a que pudesse ser transportado para Zagreb depois da exposição. Terminada a exposição, o esqueleto do edifício foi transportado para a capital croata e seguiram-se as obras de construção que decorreram até 1898. 
No outro lado da praça encontra-se a estação de caminhos de ferro. 

 Da praça até à Catedral de Zagreb, são apenas alguns minutos a pé. Para além de ser o edifício mais famoso de Zagreb e também o mais alto da Croácia e as suas torres são visíveis de vários pontos da cidade. A catedral situa-se no Kaptol, a parte alta da cidade. 
A sua construção iniciou-se no século XIII mas a sua forma actual data do século XIX, quando teve de ser reconstruída após um terramoto em 1880. 

Os habitantes de Zagreb tratam muito bem os seus mortos e a prova disso são os dois edifícios que se seguem. Este 1º é a entrada do Cemitério Mirogoj. Este cemitério é considerado um dos mais bonitos da Europa e por isso não admira que seja uma das principais atracções turísticas da cidade. 
O cemitério foi criado em 1876. O edifício principal foi projectado por Hermann Bollé, o arquitecto que também foi responsável pela reconstrução da catedral após o terramoto. A construção das arcadas, das cúpulas e da igreja da entrada, foi iniciada em 1879 e os trabalhos terminaram apenas em 1929.
No cemitério estão enterradas pessoas de várias religiões, católicos, protestantes, judeus, muçulmanos, etc. Muitas destas pessoas foram figuras destacadas da sociedade croata. Aqui repousam presidentes da república, músicos, arquitectos, pintores, desportistas, escritores, militares...
Da catedral até ao cemitério ainda são 30 minutos a andar ou então um pouco menos apanhando o autocarro nº 106.  

 Em frente ao cemitério, do outro lado da rua, encontra-se este edifício. Durante anos não soube o que ele era, pensei que fosse um pequeno palácio mas na verdade é a mortuária da cidade! Eu não disse que aqui se tratam muito bem os mortos!! 

Em Zagreb há vários museus e espaços dedicados à arte e à cultura, uma deles é o Pavilhão Meštrović, sede oficial da Associação dos Artistas Croatas. Situa-se no centro da cidade, na Praça das Vítimas do Facismo (Trg žrtava fašizma). Foi desenhado por Ivan  Meštrović e foi construído em 1938. Já teve várias funções durante a sua existência. Antes da Segunda Guerra Mundial foi uma galeria de arte, depois foi uma mesquita e mais tarde Museu da Revolução. Em 1990 foi devolvido à Associação dos Artistas Croatas. Desde 2006 recebe exposições e eventos. 
Este não é bem o aspecto do pavilhão. Se repararem bem o edifício parece uma panela, as luzes na base imitam um bico de fogão e a fonte em frente parece um prato com uma colher. Estava assim porque na altura devia estar a apresentar uma exposição dedicada à marca de comida Podravka, cujo logótipo se encontra na frente do edifício. 

Para além do centro da cidade ainda fui até à montanha Mèdvednica no norte de Zagreb. Para chegar lá fomos de teleférico e foi espectacular. Infelizmente não tenho fotos deste passeio porque tinha pedido a alguém para guardar a minha máquina mas essa pessoa esqueceu-se dela em casa. Serviu-me de lição, nunca, nunca entregar a máquina fotográfica a ninguém. 

Esta é mais uma cidade para voltar a visitar. 

domingo, 12 de julho de 2015

Lyon - França

Foi a 21 de Setembro de 2006 que viajei pela primeira vez de avião. Escusado será dizer que estava bastante ansiosa. Será que ia ter medo, será que os ouvidos iam doer, será que ia tudo correr bem?? Sim, correu tudo bem, não tive medo nenhum e os ouvidos, ao contrário de alguns dos meus companheiros de viagem, não doeram nessa primeira vez nem em nenhuma outra viagem. 

O meu 1º avião...
Foi a primeira viagem, depois dessa já aconteceram mais umas quantas e mais hão-de vir. A próxima é já daqui a 50 dias!! Sim, estou a contar os dias para a próxima viagem.
Pois então, a primeira viagem de avião foi até França. Não foi propriamente uma viagem turística mas ainda assim deu para conhecer um pouco de Lyon. Fui até esta cidade francesa, da região Rhône-Alpes, participar num projecto em representação de uma associação aqui da Guarda.
A viagem de avião foi até Paris mas em Paris só estivemos o tempo necessário para apanhar o TGV para Lyon. Não sei quanto foi o preço do bilhete de comboio porque não fui eu que paguei, aliás, nesta viagem tive tudo pago, só gastei dinheiro em postais.  Foi tudo, tudo pago, avião, comboio, alojamento, refeições...

Não sei quanto custou a tal viagem de TGV entre Paris e Lyon mas depois fazer uma consulta no site da SNCF, o site da Sociedade Nacional dos Caminhos de Ferro Franceses, chego à conclusão de que a viagem pode não ser muito barata. Os preços podem variar entre os 30 e os 60 euros!! 

Quanto ao alojamento, fiquei numa pousada da juventude, Auberge de Jeunesse du Vieux Lyon. Espero que o problema dos maus cheiros nos chuveiros esteja resolvido.

Como disse, esta não foi uma viagem turística, aqui ficam apenas algumas das poucas coisas que vi em Lyon, sabendo que há muito mais para ver.

O edifício que mais gostei na cidade foi a bonita catedral gótica de Saint-Jean-Baptiste. Esta catedral foi fundada pelos dois primeiros bispos de Lyon e foi dedicada a S. João Batista. A sua construção começou no século XII sobre as ruínas de uma igreja do século VI. 
No interior da catedral existe um relógio astronómico do século XIV. 

A Catedral de Saint Jean não é a única a merece destaque na cidade. No topo da colina de Fourvière, encontra-se aquela que é o símbolo da cidade, a Basílica de Notre Dame de Fourvière. Uma maneira bem agradável de chegar à colina e à basílica, é apanhando o Funicular de Fourvière. 

Devido à sua localização, é possível ver a basílica desde vários locais da cidade, como por exemplo, a Place Bellecour, uma das maiores praças na Europa. 

A Basílica de Notre Dame de Fourvière foi construída nos estilos Românico e Bizantino entre 1872-1884. Está dedicada à Virgem Maria que salvou a cidade da Peste Negra em 1643. Todos os anos a 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição, Lyon agradece à Virgem por ter salvo a cidade, acendendo velas por toda a cidade, naquilo a que hoje se chama Fête des Lumières, Festa das Luzes. 
Também se atribui à Virgem a ajuda à cidade noutras ocasiões, como por exemplo durante uma epidemia de cólera em 1832 e durante a invasão Prússia em 1870. Depois de a cidade ter sido poupada à Guerra Franco-Prússia, a comunidade comprometeu-se a construir a actual basílica como sinal de agradecimento. 

Lá no alto da colina têm-se belas vistas sobre a cidade. 

O centro histórico de Lyon está classificado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1998. 

Um outro edifício bem bonito na cidade, é o Hôtel de Ville, a Câmara Municipal.

O Hôtel de Ville situa-se na Place des Terreaux. Infelizmente quando lá estive estava parcialmente coberto por andaimes. 

Na mesma praça encontra-se a Fontaine Bartholdi, uma bonita fonte que representa a França, na forma de uma mulher, sentada numa carruagem a controlar os quatro grandes rios de França, aqui representados por quatro cavalos selvagens. A fonte foi desenhada por Frédéric Auguste Bartholdi, conhecido por ter sido o autor da Estátua da Liberdade em Nova Iorque. 
Esta foi fonte for erguida em 1892. 

Durante os dias que estive em Lyon, pude assistir ao desfile da Bienal de Dança. 

Este é um festival de dança contemporânea criado em 1984 e que acontece todos os anos pares, ou seja, vai realizar-se para o ano que vem. 

Se ao fim de um ou dois dias a passar numa cidade, precisam de um local para relaxar, em Lyon o Parc de la Tête D'Or é o sítio ideal para isso. O parque tem uma área de 117 hectares. Para além dos bonitos jardins, existe um lago e um pequeno zoo com girafas, elefantes, veados, répteis, primatas e outros animais. 
Para além disso há também instalações e condições para praticar desportos.

E pronto, aqui fica um pequeno relato da visita possível a Lyon. É daqueles locais onde gostaria de voltar para poder ver tudo com mais tempo e atenção, com certeza que me passou muita coisa ao lado. Fica para uma próxima visita a França. 

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Póvoa de Lanhoso

Em Maio passado voltei a Braga mas apenas para me servir de base, a ideia era fazer uns passeios ali à volta. Contudo nem tudo correu como esperava e acabei por passar mais tempo em Braga do que estava a contar. 
Já há algum tempo que andava com vontade de ir Póvoa de Lanhoso e finalmente consegui lá ir. Saí da Guarda cedo e poucos minutos depois de ter chegado à central de Braga, apanhei o autocarro para Póvoa de Lanhoso. Podem consultar os horários aqui. O bilhete foi 2.80€. 
Eu não sabia muito sobre Póvoa de Lanhoso, apenas sabia que tinha um castelo, um pequeno santuário e um castro e fui isso que quis ver. Assim que cheguei tratei de encontrar um táxi, isto porque a subida até ao castelo, segundo o google maps, demoraria uns 40 e tal minutos. Até gosto de andar a pé mas não sabendo o caminho, não quis arriscar perder muito tempo. 
Lá encontrei um táxi e pelo caminho o Sr. Nelinho deu-me umas dicas quanto ao regresso à vila. 

Assim que cheguei ao cimo do Monte do Pilar, é aqui que se encontra o castelo, fui logo tirar a máquina fotográfica da mochila e logo de seguida apanhei um susto, a máquina não estava a trabalhar!!! Que tragédia e que grande estupidez. No dia anterior lembrei-me de colocar a bateria a carregar, só que não me lembrei de a tirar do carregador e colocar na máquina. Quase que me atirei do castelo com tamanha estupidez!! Tive que tirar fotos com o telemóvel e com o tablet. Senti-me completamente ridícula a tirar fotos com o tablet, mas felizmente não estava lá ninguém para ver. 

Para além de as fotos não terem a qualidade desejada, o dia também não estava grande coisa. Foi tudo a ajudar nesse dia. Adiante...
Como disse, o Castelo de Lanhoso situa-se no Monte do Pilar, o maior monólito granítico do país. O castelo é simples, mas a sua localização estratégica foi de extrema importância no controlo das vias de comunicação, particularmente as que ligavam importantes centros políticos, económicos, sociais e mesmo religiosos como são as antigas Bracara Augusta (Braga) e Vimaranes (Guimarães). Para além disso, esta localização tornava-o praticamente inexpugnável a qualquer ataque pelo uso puro e simples da força, independentemente das armas ou do número considerado.
O castelo foi construído no século XI.
A tradição refere que neste castelo se refugiou, por duas vezes, a condessa Teresa de Leão, mãe de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.

Mesmo em frente do castelo encontra-se a igreja do Santuário de Nossa Senhora do Pilar.

Após a consolidação das fronteiras do reino, o castelo foi perdendo a sua importância estratégica e foi entrando em estado de degradação. Foi então que no século XVI, um comerciante abastado do Porto pediu autorização para demolir parte do castelo e reaproveitar a pedra para construir uma réplica do Santuário do Bom Jesus de Braga. Assim surgiu o Santuário de Nossa Senhora do Pilar. Possui uma via sacra formada por cinco capelas com esculturas relacionadas com a crucificação de Cristo. 

Junto à estrada de acesso ao topo do monte, encontram-se os vestígios de um antigo castro romanizado. Para lá chegar e apreciar devidamente as antigas habitações, segui um conselho do Sr. Nelinho, o taxista, e passei um túnel por debaixo da estrada e fui dar a uma calçada romana. Depois é só seguir o passadiço ao longo das construções. 

O Castro de Lanhoso é um povoado da Época do Ferro com anterior ocupação do Calcolítico / Bronze e posterior ocupação romana. 
É um bom exemplar da Cultura Castrense, com casas de planta circular e rectangular. Está classificado como Imóvel de Interesse Público. 

Para termos ideia de como eram estas habitação tão antigas, três delas foram reconstruídas e servem de modelo pedagógico. 

Depois deste passeio pelo Monte do Pilar, regressei à vila mas sem máquina fotográfica, não me dediquei às fotos. De qualquer maneira, da volta que dei pelo centro da vila, não vi mais nada que me chamasse à atenção.
Apanhei o autocarro de volta a Braga e fui encontrar ao amigo que me disse "ninguém vai a Póvoa de Lanhoso!!". Eu fui e gostei do pouco que vi, vale a pena passar lá umas duas ou três horas.