Nos últimos dias de 2006 voltei a viajar e mais uma vez não foi uma viagem turística. Fui até Zagreb participar no Encontro Europeu de Taizé. Entre orações e grupos de trabalho ainda houve algum tempo para dar umas voltas pela cidade. Apesar de ter deixado muitas coisas por ver, esta viagem deixou-me um carinho enorme pela Croácia e muita vontade de lá voltar. Aliás, para além de querer voltar à Croácia, quero muito ir descobrir os Balcãs.
Enquanto não volto lá, ficam aqui algumas fotos de Zagreb.
Esta é a estátua de Tomislav I que se situa na Praça do Rei Tomislav. Tomislav foi um monarca do Reino da Croácia no século X. Primeiro, enquanto Duque da Croácia Dálmata, reinou entre 910 e 925, depois entre 925 e 928 reinou como primeiro rei da Croácia.
Para além da estátua, na Praça do Rei Tomislav encontra-se o Pavilhão das Artes, o edifício amarelo cuja fachada está coberta.
A ideia de criar esta galeria de arte surgiu a propósito da Exposição Millennium que se iria realizar em Budapeste em 1896. Os artistas convidados a participar decidiram apresentar as suas obras num pavilhão construído para o efeito, construído a partir de um esqueleto de ferro pré-fabricado, de modo a que pudesse ser transportado para Zagreb depois da exposição. Terminada a exposição, o esqueleto do edifício foi transportado para a capital croata e seguiram-se as obras de construção que decorreram até 1898.
No outro lado da praça encontra-se a estação de caminhos de ferro.
Da praça até à Catedral de Zagreb, são apenas alguns minutos a pé. Para além de ser o edifício mais famoso de Zagreb e também o mais alto da Croácia e as suas torres são visíveis de vários pontos da cidade. A catedral situa-se no Kaptol, a parte alta da cidade.
A sua construção iniciou-se no século XIII mas a sua forma actual data do século XIX, quando teve de ser reconstruída após um terramoto em 1880.
Os habitantes de Zagreb tratam muito bem os seus mortos e a prova disso são os dois edifícios que se seguem. Este 1º é a entrada do Cemitério Mirogoj. Este cemitério é considerado um dos mais bonitos da Europa e por isso não admira que seja uma das principais atracções turísticas da cidade.
O cemitério foi criado em 1876. O edifício principal foi projectado por Hermann Bollé, o arquitecto que também foi responsável pela reconstrução da catedral após o terramoto. A construção das arcadas, das cúpulas e da igreja da entrada, foi iniciada em 1879 e os trabalhos terminaram apenas em 1929.
No cemitério estão enterradas pessoas de várias religiões, católicos, protestantes, judeus, muçulmanos, etc. Muitas destas pessoas foram figuras destacadas da sociedade croata. Aqui repousam presidentes da república, músicos, arquitectos, pintores, desportistas, escritores, militares...
Da catedral até ao cemitério ainda são 30 minutos a andar ou então um pouco menos apanhando o autocarro nº 106.
Em frente ao cemitério, do outro lado da rua, encontra-se este edifício. Durante anos não soube o que ele era, pensei que fosse um pequeno palácio mas na verdade é a mortuária da cidade! Eu não disse que aqui se tratam muito bem os mortos!!
Em Zagreb há vários museus e espaços dedicados à arte e à cultura, uma deles é o Pavilhão Meštrović, sede oficial da Associação dos Artistas Croatas. Situa-se no centro da cidade, na Praça das Vítimas do Facismo (Trg žrtava fašizma). Foi desenhado por Ivan Meštrović e foi construído em 1938. Já teve várias funções durante a sua existência. Antes da Segunda Guerra Mundial foi uma galeria de arte, depois foi uma mesquita e mais tarde Museu da Revolução. Em 1990 foi devolvido à Associação dos Artistas Croatas. Desde 2006 recebe exposições e eventos.
Este não é bem o aspecto do pavilhão. Se repararem bem o edifício parece uma panela, as luzes na base imitam um bico de fogão e a fonte em frente parece um prato com uma colher. Estava assim porque na altura devia estar a apresentar uma exposição dedicada à marca de comida Podravka, cujo logótipo se encontra na frente do edifício.
Para além do centro da cidade ainda fui até à montanha Mèdvednica no norte de Zagreb. Para chegar lá fomos de teleférico e foi espectacular. Infelizmente não tenho fotos deste passeio porque tinha pedido a alguém para guardar a minha máquina mas essa pessoa esqueceu-se dela em casa. Serviu-me de lição, nunca, nunca entregar a máquina fotográfica a ninguém.
Esta é mais uma cidade para voltar a visitar.
Sem comentários:
Enviar um comentário